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Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! (Sérgio Barreto)



Parece que existem pessoas que tem ouvidos, mas não para ouvir. Em determinado dia Jesus estava em Cafarnaum e saiu da casa de Simão Pedro e Andre e foi para a beira do mar, e alí foi cercado por uma multidão que queria ouvi-lo quando falou para eles a Parábola do Semeador, conhecida por todos nós, e ao final disse:

Mt 13:9 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Os seus discípulos então fizeram a pergunta que todos nós queremos hoje fazer: Por que Jesus falou a esse povo por parábolas?

Jesus poderia ter transmitido à multidão a mensagem do Semeador já na versão digamos, traduzida, esmiuçada, conforme explicou em seguida aos seus discípulos a partir do versículo 18, mas não o fez, e deu o motivo:


Mt 13:11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós (os que tem fome da Palavra) é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles (os incrédulos) não lhes é dado;

Será que Jesus praticava acepção de pessoas? Não, e na Bíblia existem vários relatos que provam da sua generosidade para com os menos favorecidos. Então qual foi o motivo dessa sua corriqueira forma de ensinar? Nos versículos seguintes Jesus continua explicando. Vejamos. Mt 13:12 Porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Como assim?


Que tem o que? Fome de conhecer e praticar a Verdade!

Em qual desses dois grupos nós nos encontramos? Os que tem fome da Palavra ou o dos incrédulos?

Para aqueles que tem fome de Deus e de conhecer a sua Palavra, o Espírito Santo revela os mistérios Divinos, honrando a esses que pela fé perseveram em Jesus Cristo, sendo abençoados porque veem, ouvem e praticam a Palavra.

Graças a Deus por sermos parte desse grupo, ou melhor dizendo, por nos esforçamos para fazermos parte desse grupo!


Continuemos lendo Mateus 13.

Mt 13:13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles (os céticos, os descrentes, rebeldes, provocadores), vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. 15 Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos (com desprazer), e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.

Os descrentes não conseguem nem perceber que o objetivo principal da Palavra é para o seu próprio bem, para que sejam curados das suas enfermidades morais, espirituais e até mesmo as físicas.


Qual o motivo quando levamos uma Palavra ungida e sincera a alguém? Não é para o seu próprio bem?

Mas se não querem se abrir e aceitar essa Palavra, vemos que a atitude de Jesus Cristo foi coerente quando disse em Mateus 7:6

Mt 7:6 Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, para que não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.

7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

Não deis aos cães as coisas santas 8 Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.


Tendo a revelação do Espírito Santo, devemos também imitar essa conduta de Jesus Cristo quando estivermos diante dos corações duros.

Precisamos ter a sabedoria de saber quando devemos ou não suspender o plantio da Palavra, atentando se estamos ou não diante de uma boa terra para lançarmos ou não a semente, para que ela não seja desprezada e desperdiçada, como vimos na Parábola do Semeador.

Por outro lado, devemos ter também um pouco de equilíbrio e paciência, porque muitas vezes lançamos uma semente, regamos, insistimos e achamos que nosso esforço foi em vão, e em determinado dia nos deparamos com os frutos Divinos naquela vida.


Os versículos de Lucas 13:1 a 5 precedem a Parábola da Figueira “Adubada”, e por conta disso cremos que devemos primeiro procurar entender o que Jesus quis aí nos ensinar. Vamos lá:

Lc 13:1 E, naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam (mal) dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. (que barbaridade!)

Sobre esse “alguns” acredita-se que se refere aos seguidores de Judas da Galileia que ensinavam aos judeus para não pagarem tributos a Roma.

Prefiro não chamar da Parábola da Figueira Estéril porque ela ainda ganhou um ano da misericórdia do Senhor para tornar-se frutífera como veremos a seguir.


Na época de Judas esse grupo se fortaleceu e Pilatos ordenou que fossem perseguidos e mortos enquanto estavam oferecendo os seus sacrifícios numa das festas judaicas. Daí se deduz que misturaram o sangue deles com o sangue dos sacrifícios que estavam sendo oferecidos.

Lc 13:2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós (ou em outras palavras, Vocês pensam) que esses galileus (os massacrados) foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?


O que se destaca nesse relato de Lucas é que aqueles que interrogam a Jesus não estavam focando na trágica ordem dada por Pilatos contra os galileus assassinados, mas estavam dando a entender que, por conta de uma suposta conduta pecaminosa deles, foram mortos daquela forma trágica. Sua dedução era que se não fossem tão pecadores, Deus não teria permitido que morressem daquele jeito.


Essa postura nas pessoas ainda é comum nos dias atuais. Quando alguém morre por uma doença grave, ou por acidente brutal ou por alguma tragédia tipo desabamento, alguns ficam querendo especular, associando o seu fim trágico como por conta de um juízo vindo de Deus, não é verdade?


Assim também insinuaram os amigos de Jó, dizendo que a origem daquele seu sofrimento foi devida a alguma coisa errada que ele tinha feito!


Vemos que nesse relato constam dois tipos de mortes: Uma que foi o massacre dos galileus a mando de Pilatos e a outra que foi uma tragédia circunstancial com a queda da torre de Siloé atingindo 18 pessoas que por ali passavam – como dizemos, foi uma fatalidade.


Lendo novamente:

Lc 13:2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós (ou em outras palavras, Vocês pensam) que esses galileus (os massacrados) foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?

3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.

4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais (vocês pensam) que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? 5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.


A resposta de Jesus deixa claro que o desastre pessoal de alguém ou a forma trágica de sua morte, não é propriamente por causa de algum pecado pessoal como pensavam os judeus e como muitos pensam ainda hoje.


Jesus refutou esse pensamento e deixou claro que sem uma conversão genuína ninguém se salva porque todos nós somos pecadores e todos pereceremos para a vida eterna se não nos arrependermos. Foi isso que Jesus tentou alertar àquele grupo de interlocutores.

Quando disse: “...se não vos arrependeres, todos igualmente perecereis", se refere a morrer sem esperança para a vida eterna. E como ninguém sabe quando morrerá, o nosso arrependimento das obras da carne deve ocorrer já, o quanto antes, não é verdade?


E quais são as obras da carne? Paulo nos mostra:

Gl 5:19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia (propensão para a luxúria, sensualidade exagerada, 20 Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações (querer ser como outra pessoa), iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus, a vida eterna.


Jesus estava querendo ensinar àquele grupo de pessoas que antes de apontarem os pecados dos outros e tentarem justificar as turbulências da vida porque passaram, que deveriam procurar se arrepender dos seus próprios pecados, tratar de crucificar no seu ser as obras da carne e em seu lugar fazerem florescer o fruto do Espirito, e não ficarem expondo somente as suas próprias folhas que são figuras da mera aparência.


O fato de hoje estarmos vivos e que muitos queridos e conhecidos nossos já faleceram, não quer dizer que somos melhores ou menos pecadores do que esses. Se o pensamento daqueles judeus estivesse correto, o que podemos dizer de João Batista que foi decapitado?


Vejamos agora esse exemplo da cura do cego onde Jesus deixa claro que não existe necessariamente nenhuma relação direta entre a doença e o pecado, apesar de que algumas vezes possa existir, como é o caso do uso de drogas pesadas por exemplo e, como consequência, as deformações neurológicas causadas numa pessoa até a sua morte prematura.


João 9:1 E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.

Por conta disso é que podemos dizer que tudo o que foi tratado nos versículos 1 a 5 de Lucas está relacionado com a Parábola da Figueira Adubada, que representa o povo de Israel.


Eles tiveram três anos na companhia do ministério eficaz do Filho de Deus e como nação não vieram ao arrependimento. Suas vidas foram regadas, adubadas e aradas com o mais precioso de todos os fertilizantes, mas estiveram cegos e surdos com um coração duro, e por consequência o juízo foi decretado no ano 70 com a destruição de Jerusalém.


Parábola da Figueira Adubada

LC 13:6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; 7 E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? 8 E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque (adube); 9 E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.


O certo homem aqui representa o Pai (nosso Deus), dono da terra, e o vinhateiro é figura do Filho (Jesus Cristo) que veio a trabalhar na terra em busca de colher os frutos do Espírito em cada um de nós, que são:


Galatas 5:22-26 Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.


Um aspecto a ser extraído dessa parábola é a analogia feita entre a figueira e o ser humano. Deus espera frutos (e não esterilidade) daqueles que foram adubados, regados e abençoados com a sua Palavra e pelo Espírito Santo.


Ter folhas simplesmente, por sí só, não serve de alimento para ninguém. É preciso produzir frutos para sermos de benção para o próximo.


Reflitamos sobre isso: O que temos feito com todos os dons e virtudes que temos recebido? Temos retribuído o que recebemos? Estamos sendo frutíferos em Cristo no nosso trabalho, na Igreja, no lar, entre os amigos e parentes?


No caso de uma pessoa que não se arrepende dos seus pecados, não quer dizer que só terá três anos de chance. A paciência de Deus sempre será suficientemente longa para cada ser humano, nunca faltando tempo para o pecador se arrepender. Porém, para todos há um tempo e Deus que conhece os corações, sabe qual é esse tempo.


Acabamos de meditar na Parábola da Figueira Adubada e o entendimento da misericórdia de Deus para conosco aí demonstrado ao permitir mais um ano de vida na esperança dela poder vir a dar frutos e não se tornar estéril.


Imaginemos cada um de nós como sendo essa figueira!

Feliz daqueles que podem receber em vida uma admoestação tão clara como essa. Uma sobrevida na esperança de mudarmos enquanto vivos!

Deus não é bonzinho, é justo! Quem tem ouvidos para ouvir, ouça

Agora iremos ver o relato da Figueira Estéril que representa figurativamente como Jesus Cristo trata a esterilidade perpetua da sua Igreja, do seu povo escolhido (Israel) e também com cada um de nós


Mt 11:11 E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze. 12 E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13 E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.

Devemos procurar caju em junho?

Não resta dúvidas que Jesus sabia que não era tempo de figos, porque estavam antes da Páscoa, algo como seis semanas antes do tempo adequado dos frutos estarem maduros. Jesus sabia o que procurava.


Mas querendo saciar sua fome, Jesus foi na verdade em busca dos botões (pré-figos) que precedem o surgimento dos figos e que também são comestíveis, mas como na figueira não encontrou esses botões, consequentemente também sabia que não iria dar os frutos, os figos.

14 E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.

Jesus amaldiçoou a figueira e ela na manhã seguinte estava seca até as profundezas da sua raiz. Estava morta! 15 E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas. 16 E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo. 17 E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões. 18 E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina. 19 E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade. Não é por acaso que o episódio da Figueira Estéril aconteceu exatamente antes que Jesus expulsasse do Templo os que ali vendiam e compravam. Essa Figueira Estéril representa os mercadores que com a permissão das autoridades religiosas tinham transformado aquele santuário em covil de ladrões.


De forma semelhante a uma figueira que ao longe é frondosa, o templo de Herodes também era bonito e imponente, mas ambos eram apenas vistosos de fachada, na aparência, nada mais.


Por detrás do templo estava o Sinédrio, composto por 71 juízes que aplicavam suas leis, “bypassando” muitas vezes a Lei Divina e não reconhecendo Jesus como o Cristo, como o filho prometido e enviado por Deus.



Essa próxima Parábola da Ovelha Perdida ou também chamada do Filho Pródigo (gastador, esbanjador), retrata muito bem o arrependimento e a misericórdia do nosso Pai celestial.


LC 15:1 E Chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.

Vemos aqui que Jesus tinha e tem os braços abertos para ensinar a todos que o queiram ouvir, aos que tem fome e sede da Palavra viva.

2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.

Quando estamos numa situação semelhante, como agimos? Os fariseus e escribas não compreendiam a dimensão do amor de Jesus, e murmuravam reclamando da sua atitude.

Jesus tinha comunhão comendo com eles não para participar dos pecados numa provável roda de conversas indecorosas, mas sim para elevar o nível da consciência deles com uma proposta de libertação e salvação.

A resposta para eles veio através desta parábola que retrata muito bem a alegria no céu quando um pecador se arrepende, maior do que noventa e nove justos (ou supostos justos) que não necessitam de arrependimento.

Era exatamente isso que Jesus estava fazendo ao abrir os braços para os publicanos e pecadores. A busca pelo arrependimento e conversão deles através da ministração do evangelho do reino de Deus. Tudo isso faz com que nos céus haja muita alegria e jubilo. Lc 15:11 E disse: Um certo homem tinha dois filhos; 12 E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

Eu passei por essa fase querendo ir aos USA A Bíblia não deixa claro qual a idade desse filho, apenas indica que era o mais novo, porem a atitude dele nos remete aquelas fases quando os filhos entram na crise da adolescência. O jovem passa a se rebelar contra tudo e contra todos, em busca de liberdade, achando-se conhecedor da verdade, e não da VERDADE Divina, e com uma forte vontade de “mudar o mundo” com seu braço de carne.

O filho mais moço com essa atitude indicava que queria se libertar da proteção e cuidado do seu Pai, aqui uma figura do nosso Deus, que sabiamente atende o desejo do mais novo, mas ao mesmo tempo também repartiu com o mais velho a fazenda, mostrando seu caráter justo e igualitário.

O filho mais novo ao não agradecer, de acordo com os versículos que lemos, deixa-nos a impressão que em momento algum reconheceu o quanto seu pai tinha sido um bom provedor para ele até aquele momento. Foi preciso perder tudo para dar valor ao que tanto tinha.

Assim é a vida, muitas vezes precisamos perder o que temos para poder darmos valor ao que tínhamos, não é verdade?

Lc 15:13 E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente (de forma libertina, devassa). 14 E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e (esse filho) começou a padecer necessidades.

O filho mais novo optou por morar longe da supervisão do Pai, ou figurativamente, longe da presença de Deus. Desperdiçou e gastou de forma descontrolado tudo o que recebeu, não só dos bens materiais, mas também os morais e espirituais porque passou a ter uma vida desregrada. Ao afastar-se, perdeu o temor a Deus, perdeu as rédeas, se deixou levar pelo maligno.

Pão = Palavra Lc 15:15 (quando passou a ter necessidades) Ele foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. 16 E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada (nem a ração dos porcos ele conseguia para comer). 17 E, tornando em si (refletindo), disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!

Como diz o ditado, “quem com porcos vive, farelo come”. Os porcos aqui representam as pessoas de caráter imundo, pecadoras e sem escrúpulos.

Quando chegou no fundo do poço, sem recursos e passando fome, esse filho pródigo então se arrepende e resolve voltar ao convívio do seu pai, ou em outras palavras, aos pés de Jesus Cristo aqui representado, numa clara figura de um pecador que resolveu levar sua vida de forma mundana, perde tudo, passa miséria e fome e se converte, retornando aos santos caminhos. Continuamos lendo...

Lc 15:18 Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; 19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. 20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.


Essa passagem nos faz lembrar do reencontro de José com seus irmãos quando se fez reconhecer a eles e chorou nos ombros de Benjamim e nos demais.

Lc 15:21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.

Aqui então ele se humilha e reconhece a dimensão do seu pecado, numa prova de arrependimento e desejo de revitalizar-se.

22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; 23 E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; 24 Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.

O anel recebido representa a autoridade do pai, que lhe foi dada depois da sua conversão, do seu arrependimento. O próprio pai disse do filho: "este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado".


Esse anel representa a aliança com Deus, à qual todos nós firmamos pela fé e pela conversão. Representa a adoção espiritual.


Quando José foi tirado da cadeia e nomeado por Faraó o segundo no Egito em autoridade, o rei do Egito, lhe deu seu próprio anel, significando que desde esse dia, José teria a autoridade e poder do rei (Gn 41:42).


As sandálias nos pés (ou alparcas), representam a vida nova, um caminhar diferente, sua proteção, significando que não seria mais guiado pelos seus próprios instintos, impulsos e vontade, (cf. Lc 15:12-13) senão pela vontade do pai, em obediência ao seu Espírito.


Todos nós filhos de Deus recebemos sandálias ao nascermos de novo porque começamos a caminhar com o Senhor (Ef 6:15), em separação com o chão deste mundo, livre da contaminação.


Sobre a reação do filho mais velho, não iremos comentar aqui já que o intuito maior foi mostrar o ocorrido na vida do filho pródigo, e nos alegrarmos, porque ele estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.

Resumo das três parábolas:


a) Figueira Adubada retrata o entendimento da misericórdia de Deus para conosco aí demonstrado ao permitir mais um tempo de vida a cada um de nós na esperança Dele poder ver os frutos santos em nossas vidas.


b) Figueira Estéril que representa figurativamente como Jesus Cristo trata a esterilidade perpetua da sua Igreja, do seu povo escolhido (Israel) e também com cada um de nós que relute em dar frutos.


2 Pe 2:6 E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;

c) Ovelha perdida – Filho pródigo representa os braços abertos do nosso Senhor para receber de volta todos aqueles que abandonam a fé, mas que se arrependem e voltam às suas veredas.


- Que os nossos olhos e ouvidos sejam ungidos para ouvirmos e procurarmos praticar as santas Escrituras.


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