O Consolador (Sérgio Barreto)
- verajones2
- 17 de jan.
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A Páscoa foi instituída durante o período da libertação do Povo de Israel do cativeiro no Egito, em torno de 3.300 anos atrás, mais precisamente antes da decima praga se abater sobre os egípcios, conforme a ação de Deus através das vidas de Moisés e Arão. A páscoa celebra o livramento dos filhos de Israel naquela noite de extermínio (Ex 12).
Seis dias antes da celebração dessa festa, Jesus se dirigiu a Betânia, e lá participou da ceia com Lázaro (o que foi ressuscitado), e suas irmãs Marta, que o servia, e Maria, que ungiu os seus pés com o 355ml da valiosa essência pura do Nardo, enxugando-os com os seus cabelos (Jo 12:1).
Diante e no meio dos seus discípulos, mediante uma prova de tamanha reverência, gratidão e amor de Maria para com Jesus em um momento tão solene, surge um dardo venenoso, Judas Iscariotes, quebrando a atmosfera de respeito e adoração criada naquela ceia, ao propor:
Jo 12:5 Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
A verdadeira razão desta sua proposta está registrada no versículo seguinte. Assim como nos dias atuais, vimos aí duas manifestações para com Jesus Cristo: O amor, adoração, gratidão e reconhecimento ao Filho do Homem e, o desprezo, falsidade, corrupção e demonstração de quem se deixa levar pelo espírito satânico.
Jesus amava essa família. Meses antes do evento dessa ceia, Jesus demonstrou todo o seu sentimento ao chorar em comunhão com Maria, que esperava um grande milagre (Jo 11). Que Lázaro, seu amigo, fosse ressuscitado.
Assim como Lázaro, Marta e Maria, somos daqueles que optaram em seguir o Caminho, a Verdade e a Vida Eterna. Somos dos que creem em Jesus Cristo como o único e verdadeiro intercessor para com o Deus Pai eterno, Senhor e controlador de todas as coisas. Somos parte dos que desejam serem chamados de “amigo” de Jesus Cristo (Jo 11:11). Somos da legião que ama e deseja ser amado por Jesus Cristo.

Jesus, como retribuição do seu verdadeiro amor para com a família de Lázaro, resolveu atender ao chamado das suas irmãs, mesmo correndo o risco de ser morto ao voltar para Betânia (Jo 11:7). Vejam que para Deus não existem limites para atender aos clamores dos seus amados.
Jo 14:13-14E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Nenhum de nós viveu ou conviveu com Jesus. Não tivemos a oportunidade e a graça de testemunhar aqueles momentos. O conhecemos através das Santas Escrituras e a partir daí, das nossas experiências pessoais, de fé.
O filho de Deus veio à terra em forma de homem, cumpriu o seu papel e retornou ao Pai mas, nos deixou um CONSOLADOR, que é o Espírito Santo (Jo 14:21; 26 e Jo 15:26). Esse é o Espírito verdadeiro, que o mundo não conhece, porque não é visível, mas que nós amamos e o conhecemos através da nossa vida diária e pratica, por uma razão muito simples: Pela graça de Deus, o Espírito Santo habita conosco, tem morada em nosso ser, em nosso coração.
Ele não nos deixou órfãos ! (Jo 14:16). Essa promessa está disponível para todos que amam e professam o nome de Jesus e que guardam (praticam) os seus mandamentos, sendo que o maior deles é esse: Jo 15:12 Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Em seu lugar, Ele nos deixou a promessa de que o Pai enviaria em nome Dele, o Consolador, o Espírito Santo, que nos ensinará TODAS as coisas e nos fará lembrar de tudo o quanto Ele tem dito (Jo 14:26) e irá anunciar o que há de vir (Jo 16:13).
Bem aventurado os limpos de coração, porque esses terão comunhão com o Consolador e serão chamados grande no reino dos céus.
Amemos aos nossos inimigos, bendizemos os que nos maldizem, façamos o bem aos que nos odeiam, e oremos pelos que nos maltratam e perseguem, para que sejamos considerados filhos do nosso Pai que está nos céus, para que possamos ser adotados por esse Consolador (Mt 5:44).
Busquemos primeiro o reino de Deus, e a sua justiça (agindo corretamente) e todas as coisas nos serão acrescentadas. Não nos inquietemos com o dia de amanhã, deleguemos isso ao zeloso Consolador, mas saibamos lidar corretamente com as adversidades presentes, ouvindo atentamente Dele como agir em cada momento.
Não julguemos (no sentido de condenar) para não sermos julgados. Façamos ao próximo tudo o que gostaríamos que fizessem conosco. Está é a grande Lei.
(Mt 7:12).
Tenhamos a humildade para reconhecer as nossas limitações e peçamos de forma perseverante em oração a necessária ajuda ao Consolador, nos momentos das nossas angustia, levando tudo em nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
Oremos e descansemos sabendo que Ele sabe de tudo, e sabe quando e o que é melhor para nós. Vejam que Jesus foi avisado da situação de Lázaro ainda quando este tinha vida, mas deixou que morresse e entrasse em estado de decomposição, para ir ao seu encontro e fazer tão grande milagre, para honra e glória do Pai .
Mt 7:7-11).

Cuidado para não blasfemar contra o Espírito Santo porque esse pecado nunca será perdoado. Vejam que qualquer outro pecado, de qualquer natureza, pode ser perdoado a qualquer momento em vida mediante o poder da obra do sangue de Cristo, mas a ofensa contra o Consolador jamais será perdoada. (Mt 12:31-32).
«Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim, nunca jamais morrerá; crês isto?» (João 11:25-26)
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