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A ira do homem não opera a justiça de Deus.

  • verajones2
  • 8 de mai.
  • 6 min de leitura

Jesus, o Filho de Deus, apesar de toda sua divindade e da sua perfeição (pois Nele não havia qualquer pecado),  não foi reconhecido por muitos e também pelos da sua própria casa.


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Em (Jo 7: 1-5) lemos:

1 E depois disto Jesus andava pela Galiléia, e já não queria andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo. 2 E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. 3 Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. 4 Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. 5 Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.



Vemos por essas palavras do apóstolo João que seus irmãos, acima como Tiago, não criam no ministério de Jesus. Como podemos ver Tiago foi um descrente com relação ao ministério de Jesus, mas essa postura mudou como vemos em (1Co 15: 3-7) quando lemos:


Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.6 Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.


Uma outra passagem que confirma esse reconhecimento de Tiago é na sua epístola (Tg 1:1) quando ele se declara: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo”.

Como sabemos Tiago era meio irmão de Jesus, filho de Maria, que se converteu a Fé cristã, tornando-se um líder da igreja em Jerusalém até o doa que foi torturado, apedrejado e executado pelo Sinédrio no ano 62 DC, por não querer negar a fé em Jesus.

A epístola de Tiago (vá na sua Bíblia) foi escrita e encaminhada para ser lida em várias igrejas onde se encontravam os judeus convertidos ao cristianismo e que andavam dispersos por toda a região da Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria.

Quando lemos essa epístola, podemos ver que se trata de um remédio para todos os cristãos. Ele começa enaltecendo o lado positivo das provas nas quais todos nós passamos, pedindo para encararmos esses momentos com grande alegria porque elas tem algumas finalidades como o aperfeiçoamento da paciência e da perseverança para podermos suportá-las sem ofender a Deus.

Toda prova que passamos tem um grande objetivo: a nossa justificação, a nossa santificação para podermos estar mais perto de Deus, usufruindo da Sua bondade.

Nos momentos de provas devemos pedir a Deus com Fé, que derrame a Sua sabedoria para nos revelar a obra que Ele quer realizar em nós através daquele momento de prova. Deus não faz nada em vão, por isso devemos ser pacientes e perseverantes até que possamos ouvir a Sua voz, tendo sempre o cuidado de não blasfemarmos contra o nome de Deus.

Um outro entendimento que devemos ter com relação às provas/tentação é que Deus não tenda ninguém; é a nossa própria natureza de pecado que é atraída pela tentação e nos faz cair em alguma cilada. Veja o que lemos na passagem abaixo:


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(Tg 1:13-17) –

13 Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. 15 Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. 16 Não erreis, meus amados irmãos. 17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.


Quando olhamos para o mundo e nos sentimos atraído por ele devido a nossa natureza pecaminosa, podemos cair na tentação e assim manifestarmos o pecado; nós não podemos culpar a Deus por isso pois essa situação não foi enviada por Ele mas foi causada pela natureza de pecado que ainda carregamos. Mesmo já sendo crentes, estamos sujeitos à tentação pois em nós há um confronto entre a natureza de Cristo e a natureza adâmica. É uma guerra constante entre o bem e o mal; uma guerra constante entre o nosso querer e o querer de Deus.

Tiago, a sua carta, é muito objetivo nos seus conselhos aos cristãos judeus da sua época, que enfrentavam problemas pessoais; essas recomendações são também para nós hoje pois a natureza carnal é a mesma ao longo dos tempos. Tiago, porém, não tinha ideia que a sua carta iria atravessar fronteiras e chegar até os nossos dias.

Não nos deixemos enganar pelas dádivas e dons que não vem do alto, do nosso Pai celestial, que é quem nos assiste e nos provê em tudo.

Uma outra recomendação que também nos ajuda para não cairmos em tentação é sermos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para se irar. São recomendações cheias de prudência e sabedoria, porém difíceis de serem praticadas. Exige um domínio próprio grande para nos conter; sabemos que o Domínio Próprio é uma das manifestações do Caráter de Cristo.


Prontos para ouvir significa dizer que os nossos ouvidos devem estar atentos aos conselhos dos mais velhos, aos conselhos dos nossos guias espirituais pois já passaram por mais experiências que nós.

Tardios para falar significa saber conter a nossa língua para não falarmos precipitadamente, para não dizermos coisas inadequadas ao outro, ofensas, injúrias, maldições, agressões; principalmente quando o clima está tenso e quente e se entrarmos no calor das emoções iremos pecar.

Em (Pv 18:21) lemos que a morte e a vida estão no poder da língua. Podemos trazer vida ou morte ao nosso irmão pois a nossa língua é poderosa.


Veja o que lemos em (Tg 3:2-10).

2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. 3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. 4 Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. 5 Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. 6 A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. 7 Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; 8 Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. 9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.10 De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. (Isso é coisa séria e devemos ter essa passagem na nossa mente).


Tardio para se irar – em (Mt 11:29) temos uma recomendação de Jesus e Ele se coloca como exemplo quando diz: “aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para a vossa alma”.

O sentimento de ira destrói a nossa alma e tem reflexos psicossomáticos  para o nosso corpo gerando, inclusive doenças.

As doenças psicossomáticas são desordens emocionais que afetam o funcionamento dos órgãos do nosso corpo. Doenças gástricas, insônias, insônia, dores de cabeça e até mesmo o câncer podem ser enfermidades que se manifestam como consequência da ira.

Em (Tg 1:20) Tiago diz que a ir do homem não opera a justiça de Deus. A ira do homem não é santa, não produz bons frutos, não é frutífera.

Podemos concluir essa meditação dizendo que esses simples e importantes conselhos vistos até aqui se aplicam em vários âmbitos da nossa vida tais como a vida familiar, trabalho, igreja, vizinhança ....

E que devemos não ser somente ouvintes da Palavra, mas cumpridores dela a fim de que a Palavra fique impressa no nosso coração e não tenhamos uma atitude hipócrita mas sincera e fraternal para com o nosso próximo.


(Tg 1:23-24) – “Porque se alguém é ouvinte da Palavra e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural (homem sem Deus); porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esqueça de como era.


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Ou seja, quando somos apenas ouvintes da Palavra, nos esquecemos dela; não teremos ela impressa no nosso coração e então pecaremos facilmente.

 
 
 

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