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Destaques

A sabedoria divina e a sua eficácia. (Sérgio Barreto)



Em Deus, e na sua Palavra que é VIVA e eficaz,

temos toda a fonte da sabedoria.


Para recebermos dessa sabedoria a cada momento, através do seu Espírito Santo, basta o que?

Andarmos em justiça, com um coração humilde e atentos à sua voz.

E qual a consequência? Teremos uma vida melhor, abençoada, evitando as ciladas e tormentas diárias durante toda a nossa jornada aqui na terra.


Pr 19:20 Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio. 21 Muitos propósitos existem no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá.


Esse Provérbio fala que além de ouvirmos o conselho, devemos também estar abertos para recebermos, quando merecido, a correção que visa nossa mudança de direção para andarmos nos santos caminhos do Senhor. Essa correção tem como objetivo uma mudança de rumo nas nossas vidas, podendo vir ou não acompanhada com um juízo da parte de Deus. Ela fala também que no nosso coração existem muitos desejos, muitas fantasias e propósitos a serem seguidos, porém, entre tantas opções, aquela advinda do conselho do Senhor sempre será a melhor escolha, porque é firme, boa e permanente. É comum ao ser humano ignorar os conselhos e instruções dos mais velhos ou dos mais experientes, assim como muitas vezes, em momentos de decisão, não se humilhar para pedir uma orientação, por temerem muitas vezes que a sua vontade não seja apoiada. Acontece também que o necessitado do conselho nem sempre coloca ao aconselhador todos os aspectos envolvidos com o seu problema, ou então o relata com pequenas mudanças tentando com isso induzir o conselheiro para lhe dar a resposta que lhe seja favorável.



Cuidado com isso! Cuidado com o Muro!


Também devemos ouvir a opinião de um Pastor ungido, seja numa conversa pessoal ou no banco da Igreja, quando o Senhor confirmará diretamente sua necessidade na próxima ministração. Temos vivenciado isso aqui na nossa Igreja! Uma pessoa é tida como sábia quando demonstra ter conhecimento, sensatez, bom senso, discernimento, entendimento, moderação e justiça. Quando faltam esses adjetivos qualitativos podemos dizer que essa pessoa pode ser sabida, mas não sábia.


Ao se falar em sabedoria, logo nos vem à mente o rei Salomão, não é verdade?

1º Rs 3:5 E em Gibeom apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê. As vezes fico pensando se o mesmo acontecesse comigo, o que eu pediria...

Salomão tinha consciência que foi o Senhor que o levou a reinar sobre o Seu povo em lugar de Davi seu pai, e disse... 1ºRs 3:7 ... sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar.


Essa resposta de Salomão reflete o seu coração humilde apesar do seu novo posto, e a expressão menino está mais relacionada com a sua falta de experiencia e sabedoria do que com a sua idade, já que era jovem, mas não um menino. E continua a falar ao Senhor...

8 E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. 9 A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? (no sentido de ser o juiz)


Salomão então pediu ao Senhor um caráter dócil, compreensível, disposto a ouvir, um caráter sábio; sendo que tudo isso foi agregado ao seu caráter natural e pacificador.



10 E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso. 11 E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos, mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo; 12 Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará. 13 E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias. 14 E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos, e os meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias.


Logo em seguida Salomão acordou e achou que tinha sido apenas um sonho, mas não foi, tanto é que logo em seguida teve a oportunidade em Jerusalém de demonstrar que não era mais um “menino” em sabedoria.

1º Rs 3:16 Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei, e se puseram perante ele. 17 E disse-lhe uma das mulheres: Ah! senhor meu, eu e esta mulher moramos numa mesma casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa. 18 E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto, teve um filho também esta outra mulher; estávamos juntas; 19 E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. 20 E levantou-se ela à meia-noite, e tirou o meu filho do meu lado, enquanto eu dormia , e o deitou no seu seio; e a seu filho morto deitou no meu seio, 21 E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era meu filho, que eu havia tido. 22 Então disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo, o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei. (Naquela época não existia teste DNA). 23 Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu filho o vivo.

24 Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei. 25 E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e dai metade a uma, e metade a outra. 26 Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho), e disse: Ah! senhor meu, dai a ela o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o. 27 Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino vivo, e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe. 28 E todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.

Muitas vezes a prática da sabedoria tem que ser manifestada instantaneamente, não nos dando tempo para pedirmos um conselho ou até mesmo para orar ao Senhor. Precisamos ter imediatamente em nosso ser a atitude a ser tomada.



1º Rs 2:1 E aproximaram-se os dias da morte de Davi; e deu ele ordem a Salomão, seu filho, dizendo: 2 Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem.



Quando muito jovem, numa certa noite, acordei e passando pela sala da casa vi no fundo, atras de um móvel vitrola, uma pessoa que para mim era um ladrão. Desviei meus passos e fui ao quarto do meu pai, e sussurrando acordei-o e disse: Pai, tem um ladrão aqui na sala... Meu pai acordou, se levantou e disse: Me mostre, vai na frente... como que dissesse: sê homem. Chegamos na sala e com a voz trêmula disse para ele: Ali, atras da vitrola, ele está olhando para nós! Meu pai, com poucas palavras me disse: Va até ele... E eu fui. Chegando perto vi que era uma toalha que estava pendurada na quina da vitrola.


Foi um evento relâmpago e fundamental para minha formação. Meu pai teve a sabedoria instantânea de me fazer enfrentar corretamente aquele pesadelo. Não se abalou, não demonstrou medo e colocou no meu ser algo que carrego até hoje. Qualquer atitude diferente do meu pai naquele evento poderia desperdiçar uma oportunidade dada por Deus para firmar meu caráter em não ter o sentimento de medo. Ter prudência, cautela, cuidado, sim, devemos ter, mas ser medroso, não.


O sentimento de medo é natural, foi-nos dado por Deus. É um alerta de algum perigo eminente. Existe porém uma grande diferença em ter medo e ser uma pessoa medrosa. Já passei por duas situações de afogamento no mar, daí eu ter medo dele, mas não sou medroso, na medida em que tomo banho de mar, nado, tudo isso faço, porém com o devido respeito e cuidado.

Jo 8:1 Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. 2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. 3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; 4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. 5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. 7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

Essa passagem relata uma tentativa de acusação contra Jesus pelos escribas e fariseus. Naquele primeiro momento Jesus ficou calado e como consequência o seu silêncio amenizou os ânimos exaltados, assumiu o controle da situação, atenuou espírito de confusão demoníaco que ali reinava e criou um ambiente favorável para a sua sábia resposta que viria a ser dada. Muitas vezes nesses momentos de tensão nós procuramos fazer valer nossa voz, colocando mais gasolina na fogueira, não é verdade? Ficar calado pode passar uma falsa impressão de que estamos perdendo a batalha! Jesus poderia ter gritado com eles: “Serpentes, raça de víboras”, mas naquele momento, naquele contexto, isso só poderia ter exaltado os ânimos e quem sabe, ele também seria apedrejado, e as profecias para sua vida não seriam cumpridas.


O silencio muitas vezes é equivocadamente visto como um sinal de fraqueza, de omissão, dando espaço ao avanço do inimigo através do seu rugir dos tambores. Me recordo que em determinada Copa do mundo, em certo jogo muito tenso, houve uma falta violenta praticada pela defesa nas proximidades da grande área. A confusão se formou, houve muita revolta dos companheiros da equipe daquele que estava no chão, e muito empurrões e palavrões. O juiz ficou à parte observando tudo e quando os ânimos se acalmaram, fez a indicação para a cobrança da falta. Houve a formação da barreira e quando estava para ser cobrada ele expulsou o jogador agressor.


Ouve um silêncio geral no estádio e creio que também no mundo inteiro que assistia. Os jogadores sem reação viram então que a autoridade do juiz da partida foi cumprida de uma forma sábia e sem contribuir para novamente exaltar os ânimos. Se o juiz naquele momento inicial da confusão tivesse expulso o jogador, certamente os ânimos teriam subidos mais ainda e o desfecho seria com vários jogadores expulsos, e o espetáculo perderia o seu brilho.

Depois do silencio, do momento de reflexão, Jesus disse: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. ­

Todos reconheceram naquele momento que também eram pecadores e que aquela seria uma atitude demonstrando o farisaísmo natural deles, caso se cumprisse o apedrejamento. Aquele silêncio serviu como uma parada técnica para uma reflexão interior em cada um.



Jesus não é a favor de nenhum pecado, mas sim do pecador, na medida em que Êle já foi apedrejado por nós, e com o seu coração imensamente misericordioso, sempre espera do pecador o arrependimento.


Veremos agora o exemplo de sabedoria de Abigail, que foi utilizada para salvar a vida de sua família e seus bens, após a tolice do seu marido Nabal, porém comecemos lendo esse Provérbio que retrata muito bem a importância das esposas num lar:


Pr 14:1 Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.


Após o falecimento de Samuel, Davi ainda visando se proteger do rei Saul, foi para o deserto de Parã, no vale de Arabá, no sul de Israel. Em contraste a esse ambiente hostil em que o rei Davi estava vivendo, existia um homem rico e poderoso chamado Nabal, que apesar de ser da descendência da casa de Calebe, tinha um espírito duro e maligno nas suas ações. Ele era abastado, tendo por exemplo nas suas possessões na região do Carmelo, três mil ovelhas e mil cabras. O nome da sua mulher era Abigail que contrastando com o seu marido, era uma mulher de bom entendimento e formosa, ou seja, era uma mulher sábia e bela. Naquele ambiente árido e escasso em que estava vivendo, Davi ouviu falar da fartura de Nabal e enviou ao Carmelo, em missão de paz, dez dos seus moços para perguntarem a Nabal como estava e para pedir auxílio de alguns mantimentos.


1º Sm 25:10 E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor. 11 Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm?


Quando Davi soube da negativa e do desprezo de Nabal para com ele, e vendo que ele não reconheceu e retribuiu aos favores recebidos no passado pelos seus homens, então Davi mandou que seus moços se preparassem para o massacre contra Nabal, seus bens e todo seu povo, tudo provocado pela sua atitude insana e ingrata. É verdade que devemos sempre fazer o bem sem esperar receber nada em troca, mas naquele contexto as coisas não aconteceram dessa forma. E os servos de Davi quando serviram não esperavam no futuro de ter necessidades de sustento por outros. Aconteceu providencialmente que, um dos moços de Nabal relatou para Abigail tudo o que se passou, e disse para ela: 1º Sm 25:17 Considera, pois, agora, e vê o que hás de fazer, porque o mal já está de todo determinado contra o nosso amo (Nabal) e contra toda a sua casa, e ele é um homem vil, que não há quem lhe possa falar (não é aberto a ouvir conselhos). 18 Então Abigail se apressou, e tomou duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados, e os pôs sobre jumentos. 19 E disse aos seus moços: Ide adiante de mim, eis que vos seguirei de perto. O que, porém, não declarou a seu marido Nabal.


Abigail é um exemplo para todas as esposas pois na sua sensatez e sabedoria, humildemente agiu em favor de toda a sua família e seu povo. Montada num jumento foi ao encontro de Davi e seus homens, inclinando-se aos seus pés, pediu misericórdia pelo erro de Nabal. Alguns podem dizer que ela errou ao não ter se submetido ao seu marido, visto que ela agiu de forma contrária à decisão de Nabal. Sua atitude sábia serviu como livramento para o massacre que seria executado por Davi.


1º Sm 25:27 E agora este é o presente que trouxe a tua serva a meu senhor; seja dado aos moços que seguem ao meu senhor. 32 Então Davi disse a Abigail: Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. 33 E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão. 34 Porque, na verdade, vive o Senhor Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apressaras, e não me vieras ao encontro, não ficaria a Nabal até a luz da manhã nem mesmo um menino.


Abigail tomou consciência do perigo que se aproximava contra os membros da sua família e do seu povo. Em situações semelhantes que aconteçam nas nossas vidas, precisamos ter a humildade diante dos mais poderosos, de forma a contarmos com a sua misericórdia e vermos a situação se reverter de forma favorável a nós. Dessa forma agimos com sabedoria. Se não agirmos com sabedoria nesses momentos críticos poderemos acirrar mais os ânimos e as coisas saem fora do controle.


1º Sm 25:35 Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido, e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz, e tenho aceitado a tua face.


O final dessa história já conhecemos: Abigail retornou à sua casa, houve um banquete, ela esperou sabiamente o dia seguinte para contar a Nabal tudo o que aconteceu, e o seu coração não suportou o choque e dez dias depois o mal se virou contra ele, vindo a falecer pelo juízo Divino.

E Davi tomou a viúva Abigail como sua mulher...




José foi lançado em um poço por seus irmãos;

mas Deus tinha um propósito para sua vida!






Vejamos agora a Sabedoria de Deus conferida a José conforme registro no Livro de Genesis, cujo intuito foi prover o sustento contra a fome de todo o povo Hebreu e resgatar espiritualmente cada um dos seus irmãos, que por ciúmes, tentaram contra sua vida. Tudo começa com o sonho dado por Deus que atormentou por dois anos a Faraó. Ele estava em pé na beira de um rio quando subiram sete vacas formosas e gordas, e pastavam na campina. Depois disso vinham outras sete vacas, feias e magras que paravam junto às formosas.


Gn 41:4 E as vacas feias à vista e magras, comiam as sete vacas formosas. Então acordou Faraó.

Em seguida sonhou com as sete espigas formosas que brotavam no mesmo pé e depois sete espigas miúdas e queimadas que brotavam após ela.

Gn 41:8 E aconteceu que pela manhã o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que os interpretasse. Faraó então teve o conhecimento de que na sua prisão existia um jovem Hebreu chamado José, com fama de interpretar sonhos, e mandou chama-lo e contou-lhe aquele sonho que vinha lhe perturbando.

Obs.: Na verdade José por si só não interpretava sonhos, mas sim o Senhor que lhe falava através do Espírito Santo.

Gn 41:25 Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.


José explicou então a Faraó o que o Senhor o revelou, dizendo que os sete anos de formosura das vacas e espigas seriam sete anos de fartura e que os sete anos de feiura nas vacas e nos milhos seriam sete anos de fome. E José disse também a Faraó que, devido ao sonho ter sido dado a ele por duas vezes foi porque Deus tinha pressa na sua realização, e disse mais:


Gn 41:33 Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito (iria ser o próprio José). 34 Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, 35 E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.

E sabemos o final dessa história. Faraó reconheceu em José a fonte do entendimento e sabedoria e o ungiu aos 30 anos de idade como o segundo em toda a terra do Egito. Impressionante também como o coração do Faraó foi tocado pelo Espírito Santo porque, acreditou naquela revelação, e prematuramente, delegou a um Hebreu e não a um dos seus conhecidos Egípcios, a vice-presidência do seu reino. José foi o vaso escolhido por Deus (e não por Faraó) como fonte de sabedoria para ser inserido no seu plano de salvação para o povo Hebreu, e em particular para os membros da sua família. Veio o período de fartura e o Egito armazenou os alimentos para o período da seca e da fome, passando a ser a fonte de suprimento para todos os povos, inclusive para os Hebreus e em particular para a casa do seu Pai Jacó. Sabemos a benção que foi o final dessa história.


Vejamos agora a importância que pode ter um sábio conselho da nossa parte a favor de alguém próximo a nós.

Tomaremos como exemplo o conselho de Husai para Absalão, que por consequência evitou a morte iminente de Davi e a sua volta ao reino, ao acabar com a rebelião deste seu filho. Aqui estão os personagens dessa história:


Husai - fiel amigo do rei Davi;

Absalão - terceiro filho do rei Davi;

Aitofel - conselheiro pessoal do rei David e depois traidor.

Batseba - neta de Aitofel.

Davi - pai de Amnon, Absalão e Tamá.


Agora vejamos os principais eventos dessa história dentro do contexto dessa ministração sobre a sabedoria.


Amnon, filho mais velho de Davi, violentou Tamá sua irmã. Davi foi condescendente com essa atitude de Amnon o que deixou Absalão irado, vindo por vingança a matar seu irmão Amnon. Aitofel passou a odiar Davi, alimentando sentimentos de vinganças, porque ele era avô de Bate-Seba a quem Davi a possuiu e depois montou a trama para que seu marido Urias fosse morto em combate. Todos esses acontecimentos desagradaram muito a Aitofel que alimentou em seu coração o desejo de se vingar de Davi, e assim aconselhou a Absalão para reunir 12 mil homens para perseguirem e atacarem a Davi, mata-lo, e ficarem com o reino de Israel.


2º Sm 17:1 Disse mais Aitofel a Absalão (esse foi o conselho): Deixa-me escolher doze mil homens, e me levantarei, e perseguirei a Davi esta noite. 2 E irei sobre ele, pois está cansado e frouxo de mãos; e o espantarei, e fugirá todo o povo que está com ele; e então ferirei somente o rei Davi. 4 E esta palavra pareceu boa aos olhos de Absalão, e aos olhos de todos os anciãos de Israel.

Esse conselho de Aitofel do ponto de vista do seu objetivo e do de Absalão estava correto, e iria lograr êxito se fosse executado imediatamente com os doze mil homens. Esqueceram que do outro lado existia Husai que queria salvar e proteger o amigo Davi das mãos de Absalão. Então Husai foi estar com Absalão e no seu conselho alertou para as qualidades de Davi como homem de guerra e fez ver a Absalão a importância dele também ir para o combate, destacando que com essa atitude ele seria reconhecido pelo povo como herói. Husai mexeu com a vaidade de Absalão que era jovem e queria se promover diante do povo e deu a ele uma maneira de descarregar toda a sua vingança sobre Davi. Vejamos o conselho de Husai:


2º Sm 17:8Disse mais Husai: Bem conheces tu a teu pai, e a seus homens, que são valorosos, e que estão com o espírito amargurado, como a ursa no campo, roubada dos cachorros; e também teu pai é homem de guerra, e não passará a noite com o povo. 9 Eis que agora estará escondido nalguma cova, ou em qualquer outro lugar; e será que, caindo no princípio alguns dentre eles, cada um que o ouvir então dirá: Houve derrota no povo que segue a Absalão. 10 Então até o homem valente, cujo coração é como coração de leão, sem dúvida desmaiará; porque todo o Israel sabe que teu pai é valoroso, e homens valentes os que estão com ele.


Husai procurou convencer a Absalão que Aitofel + doze mil homens não seriam capazes de aniquilar a Davi e seus temidos guerreiros.


11 Eu, porém, aconselho que com toda a pressa se ajunte a ti todo o Israel desde Dã até Berseba, em multidão como a areia do mar; e tu em pessoa vás com eles à peleja. 12 Então iremos a ele, em qualquer lugar que se achar, facilmente cairemos sobre ele, como o orvalho cai sobre a terra; e não ficará dele e de todos os homens que estão com ele nem ainda um só. 14 Então disse Absalão e todos os homens de Israel: Melhor é o conselho de Husai, o arquita, do que o conselho de Aitofel (porém assim o Senhor o ordenara, para aniquilar o bom conselho de Aitofel, para que o Senhor trouxesse o mal sobre Absalão). O argumento de Husai teve um efeito psicológico, pois Absalão não tinha a mesma experiência que Davi como guerreiro; apesar de que Davi estava debilitado fisicamente, cansado, com fome assim como seus homens.



2º Sm 15:30 E seguiu Davi pela encosta do monte das Oliveiras, subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e caminhava com os pés descalços; e todo o povo que ia com ele cobria cada um a sua cabeça, e subiam chorando sem cessar. 31 Então fizeram saber a Davi, dizendo: Também Aitofel está entre os que se conjuraram com Absalão. Pelo que disse Davi: Ó Senhor, peço-te que torne em loucura o conselho de Aitofel.



Deus também ouviu a sábia oração de Davi para tornar como loucura o conselho de Aitofel, a qual foi ouvida pelo Senhor e Absalão preferiu o conselho de Husai. Husai foi sábio em usar uma estratégia para alimentar a vaidade e o orgulho de Absalão e leva-lo à guerra visto que, os 12 mil homens que Aitofel sugeriu a Absalão, seriam suficientes para matar a Davi naquele momento. Como o conselho de Aitofel visando um ataque surpresa a Davi não foi aceito, este teve tempo para reunir e alimentar uma força poderosa com três divisões comandadas por Joabe, Abisai e Itai. O final dessa história todos nós conhecemos:


Aitofel vendo que seus conselhos não eram seguidos, voltou para sua cidade, pôs em ordens seus negócios e enforcou-se. No ataque, a maioria dos homens de Absalão foi destruída e ele fugiu em uma mula ligeira sendo que sua cabeça ficou presa no carvalho e ele ficou suspenso no ar. Apesar de Davi ter dado ordem para que não matassem Absalão, Joabe o matou com três dardos.


Um resumo sobre o agir em sabedoria, ou dar conselhos sábios, está claro nesse versículo:

Mc 13:11Quando, pois, vos conduzirem para vos entregar, não vos preocupeis com o que haveis de dizer; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo.


Que o Senhor nos abençoe com essa Palavra!!!




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