top of page
Destaques

Pentecostes - a descida do Espírito Santo - "Parte UM".

  • Fonte: Escola de Teologia - Igreja Metodista.
  • 15 de jun. de 2016
  • 6 min de leitura

"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um

deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos dos Apóstolos 2:1-4).

Pentecostes é uma celebração cristã que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, cinquenta dias depois da Páscoa.

O termo “Pentecostes” se originou a partir do grego "pentēkostḗ", que significa “quinquagésimo”, em referência aos 50 dias que se sucedem depois da Páscoa. Na Bíblia, a comemoração do Pentecostes é citada pela primeira vez no Livro "Atos dos Apóstolos 2", episódio que narra o momento em que os apóstolos de Cristo receberam os dons do Espírito Santo, logo após a subida de Jesus aos céus.

Você quer receber o Espírito Santo em sua caminhada e desenvolver os Seus Dons? Com certeza, esse evento enriquece muito a nossa vida cristã!!! A sua colheita crescerá em valor exponencial!!

A origem da festa do Pentecostes é na realidade baseada em uma antiga tradição hebraica, chamada "Shavuoth", e que significa “Semanas”.

Para os judeus, o pentecostes era uma celebração de agradecimento a Deus pela colheita, além de homenagear a memória do dia em que Moisés recebeu as Tábuas com as Leis Sagradas, conhecidas por Torah.

Ao contrário do Pentecostes cristão, o Pentecostes judeu durava sete dias e começava a partir do Pesah - Páscoa (festa da libertação do Egito).

Com o passar do tempo, o sentido da comemoração do Pentecostes entre os judeus deixou de se focar nos agradecimentos pela colheita, fixando-se exclusivamente nas festas da criação do Torah (que seriam os Dez Mandamentos, para os cristãos).

Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:

Festa da Colheita ou Sega - no hebraico "hag haqasir". Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Provavelmente, "hag haqasir" Festa da Colheita é o nome original (Ex 23.16).

Festa das Semanas - no hebraico, "hag xabu´ot". A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinqüenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).

Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico "yom habikurim". Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.

Festa de Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos - "hag haqasir" e "hag xabu´ot" - perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinqüenta dias depois da Páscoa. Como o Império Grego assumiu o controle do mundo, em 331 anos antes de Jesus, é provável que o nome Pentecostes ganhou popularidade a partir desse período.

Vale a pena uma observação.

Além da Festa da Colheita ou Semanas "hag haqasir" ou "hag xavu´ot", o antigo calendário israelita apontava uma terceira festa que acontecia no período do Outono, isto é, nos meses de setembro e outubro. Na verdade, essa festa era também da colheita, porém, sega das frutas, especialmente, uva, figo e tâmara. A Bíblia Hebraica tem dois nomes para essa festa: Festa dos Tabernáculos ou Cabanas "hag hasucot" e Festa da Colheita h"ag ha`asip" (a palavra asip colheita vem do verbo asap que significa colher e reunir.

Moisés recebeu os "Dez Mandamentos" no Monte Sinai em um encontro tremendo com Deus, que lhe deu a ordem para passar para o Seu povo. Porém, só podemos cumpri-los através da vida de Cristo em nós!!!

Conheça um pouco da cerimônia dessa festa. Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:

  1. a cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11);

  2. a cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17);

  3. o terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de "Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21);

  4. no local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11).

  5. Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores;

  6. As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).

Observação:

Era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).

Conheça as características da celebração:

  1. A Festa das Colheitas era alegre e solene (Dt 16.11);

  2. A celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10);

  3. Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus famíliares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu;

  4. Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt 15.12);

  5. Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21);

  6. Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida...

Conheça Observação:

A Festa da Colheita não celebra um mito, mas a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado.

Que a semente de Cristo, "a semente da vida", já esteja plantada em cada coração.

A cada cuidado, essa semente crescerá e se tornará uma grande árvore onde poderá acolher a muitos e dar muitos frutos!!!

Principais motivos da Festa das Colheitas: A Festa das Colheitas (Cabanas ou Pentecostes) não era uma cerimônia neutra, isto é, os celebrantes não se reuniam para um simples lazer ou diversão. Toda a cerimônia buscava reafirmar e aprofundar o sentido da fé em Javé, o Deus Criador e Libertador.

Aprender a fraternidade: Ao ler todas as reportagens sobre a Festa das Colheitas (Semanas ou Pentecostes) é possível captar partes da cerimônia e, conseqüentemente, sua legislação. Um dos detalhes marcantes dessa "Santa Convocação" é o fortalecimento da fraternidade entre os trabalhadores do campo, incluindo a população israelita, os servos e estrangeiros. Aprender a ter compromisso com Deus e com a comunidade. Ao celebrar a festa, toda a comunidade aprendia a ser responsável para com a vontade de Deus e com o próximo - não somente com os irmãos de sangue e fé. O ritual da festa ensinava, pedagogicamente, que Deus é o Criador e Sustentador das leis que regem o mundo. Ele fez uma distribuição comunitária da terra e manda a chuva para hebreus e gentios, bons e maus, homens e mulheres, jovens e crianças. O ritual da festa entendia que o grande problema da humanidade é a falta de amor uns para com os outros.

Aprender a repartir os dons. Primitivamente, o povo bíblico convivia com as leis divinas de modo feliz, sem lhe causar sofrimento. Por exemplo, a festa das Colheitas ensinou a comunidade de trabalhadores do campo que se deveria entregar o excedente de sua produção agrícola para Javé, a fim de que essa oferta seja compartilhada com os menos favorecidos (Lv 25.6-7, 21-22). A pedagogia dessa lei possui uma profunda sabedoria, pois ela tem como alvo educar o povo dentro dos princípios da solidariedade e igualdade social. Aprender a agradecer Ao agradecer a Deus pelo dom da terra - para morar, plantar e alimentar dos frutos produzidos nela - o povo descobria os mistérios da graça divina. Ser grato pela "terra que mana leite e mel", pela cevada, trigo e outros grãos que sustentam vida representam uma alegria de enormes proporções. Além da terra, os celebrantes eram ensinados a agradecer a Deus pela instrução que disciplina e ordena a vida comunitária.

Conclusão: A Festa da Colheita ou Semanas tomou o nome de Festa de Pentecostes, a partir do Período Grego (fim do século IV antes de Cristo em diante).

Celebre "Pentecostes" em sua vida. Celebre a descida do Espírito Santo e receba os Seus Dons. A sua colheita se multiplicará para honra e glória do Senhor! Jesus!!

 
 
 

Commenti


Ultimas Postagens
Arquivo
bottom of page